terça-feira, 29 de julho de 2008

Bad Day Hair

Acho que isso acontece com todo mundo: um belo dia você sai da cama com 2 pés esquerdos, Murphy olha pra ti e diz:
“- Oi gata, vamos passar esse dia juntinhos?”
E aí tudo começa a dar errado, o típico Bad Day Hair, embora nada aqui seja um problema capilar, digamos assim.

Ontem já passei o maior perrengue por causa da minha amiga corneada que ficou horas reclamando que eu deveria ter contado pra ela.
Sei sei, até parece.
Depois de uma sessão dupla de análise cheguei em casa e ainda fiquei quase 2 horas no telefone (sim, com a mesma pessoa), por isso fui dormir bem tarde.
Pra completar, quando eu estava pegando no sono disparou o alarme de um carro na rua, eu despertei e pra pegar no sono de novo foi um custo.

Nem preciso dizer que a hora que o despertador tocou hoje cedo eu estava em outro planeta, minha cara denotava que a noite fora mal dormida, mas não dei bola pra desgraça e tratei de preparar meu café pra não me atrasar para a reunião. Separei uma roupa elegante e direto pro chuveiro.
Pra garantir que eu não dormiria no meio da apresentação resolvi entrar no banho de cabeça e tudo, e no meio do enxágüe, tã nãããã, acabou a água quente!

Como meu aquecedor é a gás isso só poderia ser problema no prédio, mas como o tempo era curto resolvi encarar o suplício de acabar o banho frio mesmo.
Detalhe: Eu Odeio Água Fria, até no verão tomo banho quente!

Cantei uma ópera, pulei uma corda imaginária, usei secador de cabelo no corpo todo pra ver se me esquentava, caprichei no make e lá fui eu para meu compromisso matinal, não sem antes dar o maior ralo no zelador que não percebeu que o gás estava acabando.

Na reunião tudo correu bem, mas na hora da saída percebi que meu carro tinha sido arrombado dentro do estacionamento. Meu prejuízo consistiu num espelho retrovisor, que o ladrão deve ter quebrado de sacanagem porque não tinha nada ‘furtável’ dentro do carro, e por muito favor o gerente não me cobrou a estadia porque a ‘empresa não se responsabiliza pelos objetos deixados dentro do veículo’.

Um espelho retrovisor é um objeto que deixei dentro do veículo???
Então tá, então!

Pra comemorar os bons resultados da reunião fomos almoçar fora, mas é claro que houve outro contratempo, o garçon deixou pingar molho na minha roupa. Como sou habituée do restaurante o gerente me pediu para levar a nota da lavanderia que eles me pagariam a lavagem.
Menos mal.

Voltei pro escritório azeda e descobri que além dos meus sachês de Nespresso terem acabado (sou movida a cafeína), o incompetente da Telefônica que veio aumentar a velocidade da rede conseguiu nos deixar sem conexão.

É ou não é pra você sair gritando com o primeiro que aparecer pela frente?

Mas, pra não fazer isso e nem correr o risco de mais alguma coisa dar errado, encerrei meu expediente mais cedo e voltei pra casa.
Logo mais no fim da tarde me presentearei com uma massagem relaxante num SPA Day e vou torcer pra que o Murphy caia de amores por outra vítima.

Puffff

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Burning down the house

Se tem uma característica que eu detesto nas pessoas é a dissimulação.
Gente escorregadia, que sempre te atende com um sorriso mas que por trás diz ou faz as maiores barbaridades.

Na época da faculdade fiz amizade com um cara super bacana, que acabou virando meu primeiro grande amigo aqui em SP. Nesses tempos passados ele era uma pessoa transparente, sincera, daquelas que você abraça e confia de cara.

Só que esse amigo acabou se envolvendo com as pessoas erradas. Sabem aquele velho ditado da vovó, diga-me com quem andas e te direi quem és?
Então, ele fez amizade com uma gentalha da pior espécie, gente baixa mesmo, sem escrúpulos, daquele tipo que não pensa duas vezes na hora de enganar as pessoas ou passar por cima dos outros pra alcançar seus objetivos.
E com isso ele foi se modificando e se tornando um cara "não legal", exatamente como sua nova gangue.

Nosso contato, que antes era quase diário, passou a ser bem esporádico, apesar de morarmos no mesmo bairro.
Mas como hoje em dia não é difícil saber tudo da vida dos outros, alguns comportamentos dele foram me deixando inquieta, porque eu sabia que mais dia menos dia, as sujeirinhas dele viriam à tona.

Pois é, vieram, e a coisa fedeu geral!
Seu relacionamento estável de mais de 3 anos está por um fio, os novos amigos viraram malditos, e eu que sabia de tudo e fiquei quieta, ainda fui acusada de cúmplice.

Agora me digam, por mais que eu soubesse e não concordasse com o que meu amigo estava fazendo, será que sou culpada porque não joguei a merda no ventilador?
Por que teria que ser eu a contar pra pobre da namorada que ela já tinha sido chifrada com metade da população da cidade?

Essa culpa não é minha!
Na verdade os dois são culpados, ele por não ter sido honesto e ela por ter deixado seu namorado muito à vontade demais.

Não sou bombeiro, mas sinto que terei que fazer algo pra apagar esse incêndio.
Começo por onde, hein?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Not cool enough

Outro dia uma amiga dizia que pra se levar a vida mais leve não devemos ficar nos aborrecendo com coisas menores.
Eu que gosto de fazer a loira de vez em quando logo perguntei o que ela considerava ‘um problema menor’, e ela virou e falou:
“- Ahhh, assim, quando você marca algum compromisso com alguém e a pessoa se esquece de desmarcar.”
Perguntei o que ela fazia quando isso acontecia, e ela respondeu que passava batido porque ela era uma pessoa super cool.

Pois é, nesse exato momento eu percebi que não sou nada cool!
Tem coisas que eu simplesmente não admito, e se acontece comigo eu não consigo ‘passar batido’ ou ‘dar perdido’.

Me deixar esperando, não retornar meus telefonemas ou responder meus e.mails pessoais, pra mim é uma super de uma falta de educação.
Agora, não me cumprimentar no dia do meu aniversário é o auge da falta de amizade mesmo!

Ontem foi meu aniversário, e resolvi comemorar na fazenda. Convidei uns poucos amigos pra irem pra lá comigo, e um deles avisou em cima da hora que não poderia ir porque tinha uma reunião marcada para o sábado de manhã, mas que me ligaria para cumprimentar no domingo.

O domingo veio, foi embora e nenhum telefonema dele.
Hoje de manhã, mal ele entrou no MSN já chamei-o para perguntar o que tinha acontecido pra ele não me ligar.
Pra não dar o braço a torcer e admitir que tinha se esquecido, ele veio com uma conversinha mole de que tinha me mandado um SMS porque eu estaria comemorando e ele não queria atrapalhar a minha programação.

COMO É QUE É??????
RECEBER O CARINHO DE UM GRANDE AMIGO É UMA ATRAPALHAÇÃO????

E o pior é que o namorado dele, que nem amigo íntimo meu é, me ligou pra dar os parabéns.
Super legal ser esquecida por um dos seus melhores amigos no dia mais especial do seu ano né?

Quem olha pra mim agora percebe que além de desapontada estou triste, porque deixar um amigo de lado no dia do aniversário é uma coisa inconcebível pra mim.
Eu lembro de todo mundo, telefono, mando cartão, flores, presente, e.mail.
E no meu dia especial eu recebo o que?
Silêncio, indiferença, esquecimento.

Vou dar perdido como a L falou?
Não mesmo!
Essa falta já foi anotada no topo da lista e será devidamente retribuída.

Agora me dêem licença que vou ali no canto chorar mais um pouquinho.

Be cool? Not for me.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Modernidades

A evolução tecnológica realmente trouxe praticidades e benefícios enormes pra todo mundo. E quando penso que há não tanto tempo assim não existia telefone celular, internet, todos nós usávamos correio pra nos comunicar à distância, vejo que essas inovações são realmente indispensáveis.

Eu sem meu celular sou imprestável!
Sou viciadinha em e.mails também, mas não a ponto de checar minha caixa de mensagens a cada 10 minutos, e o MSN também já foi mais ativo por aqui.
Consigo tranquilamente desplugar por alguns dias, mas desligar o celular ainda é algo impensável para mim.

Mas as mudanças não se restringem apenas aos aparatos tecnológicos. Mudaram-se hábitos de alimentação, de vida, de comportamento.
Hoje todo mundo tenta ser ecologicamente correto, o que eu acho muito certo, e também tento fazer a minha parte nesse sentido.
Apesar de estarmos mais atentos ao tipo de alimento que consumimos, é fato que hoje come-se muito pior que há 20, 30 anos atrás.
Pra começar ninguém mais almoça, engole algo rápido pra não perder tempo, e o crescimento dos índices de obesidade confirmam que essa não foi a melhor opção. Jantar só rola se tivermos convidados, e isso invariavelmente só acontece no final de semana.
Sem contar a imensa quantidade de corantes, conservantes, e mais uma série de ‘antes’ que ingerimos sem nem ao menos saber o mal que nos farão!

Na época da minha avó as pessoas faziam 5 refeições por dia, sentadas, com mesa posta e bem servida por vários empregados.
Hoje em dia quem tem uma diarista 2 vezes por semana é felizardo!

E quando se pensa nas mudanças de comportamento então aí é que vemos como a coisa evoluiu (ok, em alguns sentidos houve involução, mas eu chego lá).

Eu tive um tio-avô com Síndrome de Down, que raramente saia de casa. Hoje a inserção na sociedade é um fato que merece ser aplaudido! Mudança muito bem vinda!
As classes sociais também não estão mais tão herméticas, o que também é muito positivo.

Mas no que se refere aos comportamentos aí é que eu acho que a coisa andou pra trás. Educação e gentileza parecem ser palavras que deixaram de fazer parte do vocabulário da maioria das pessoas, o que é péssimo.
Paciência idem. A humanidade é estressada 24hs por dia!

E quanto aos comportamentos sexuais? Não tenho nada contra quem não reprime a sua sexualidade, mas nada como a boa e velha discrição.
Por que todo mundo tem que se pegar em público? Não é muito mais gostoso dar uns malhos num local discreto? Tem que ser no meio da balada?
E essa estória de que pra ser moderno todo mundo tem que ser flex?
Pára com isso pelamor!
Outro dia vi uma famosa encalhada se atracando com um gay assumido. Ela é ht e beija gay por que? É hype? Tá na moda?
Fala sério né! Tá a perigo, contrata um michê, mas não fica beijando menina!!!!

Nesse ponto eu sou beeemmmmm antiquada. Beijar mulher ou gay só pra variar, comigo não!
Eu quero é um “Macho de Respeito” pra me abraçar, beijar, apalpar, patati patatá...

Modernidades sexuais, tô fora!