Sexo Oral

Eu deveria parafrasear o Renato Russo nessa minha introdução e dizer:
“Sexo verbal não faz meu estilo”.

E quem chegou até aqui achando que vou discorrer sobre 1001 técnicas de sexo oral é melhor mudar de página, porque hoje vou falar sobre sexo verbal, ou a necessidade que algumas pessoas têm de falar de sexo o tempo todo.

Nem preciso dizer que entre os homens falar de sexo faz parte de uma programação genética, uma condição atávica que se perpetua ao longo das gerações desde a pré-história.
Homem que é homem, independente da opção sexual, sempre fala de sexo na rodinha de amigos.
E acho que isso faz parte daquela mística do Homem Alfa, a melhor espécime para procriar e perpetrar a espécie.
Então, se tenho que me sobressair, porque não mostrar meu poderio sexual e provar que sou o Fodão que come todo mundo! (sic)
(como ainda não consegui me transformar numa mosquinha pra ouvir o que tanto os meninos falam sobre sexo entre si, a afirmação aí de cima é mera especulação, hihihihi)

Já nas rodas femininas o que rola acaba sempre tendo um acento exibicionista.
Sim porque mulherzinha que se preza sempre dá um jeito de mostrar que é melhor que as outras, daí é um tal de neguinha contando como é que faz pra trepar no lustre que nem contorcionista do Cirque Du Soleil conseguiria uma performance semelhante.

Mas eu já percebi um detalhe curioso: as garotas que mais contam suas peripécias sexuais são as que menos parceiros têm.
Não que elas não transem, nada disso, mas parceiro fixo não rola, só sexo ocasional tipo one night stand mesmo.

Meu grande amigo diz que essa verborragia sexual é apenas uma manobra pra compensar a falta de sexo, ou seja, quem não pratica precisa saber a teoria na ponta da língua, e por isso fala, fala, fala.
E eu concordo em gênero, número e grau com ele.

Óbvio que no mesmo instante em que escrevi isso aqui me lembrei de uma certa garota, que se julga a maior especialista em sexo, vaginal, oral, anal, mas principalmente, Verbal!
Sexo é um tema recorrente na sua vida, ela fala abertamente sobre o assunto, principalmente depois de algumas cervejinhas, e o tema não se restringe apenas as rodinhas de amigas, a Madame Sex participa de fóruns na internet, e mantém um blog para discorrer apenas sobre suas aventuras sexuais (sic de novo).
(como fazem anos que Madame Sex não aparece com um namorado, todo mundo acha que as peripécias descritas no tal blog não passam de desejo reprimido, ou de uma baita de uma imaginação fértil!)

Mas o fato inconteste é que tirando as trepadas ocasionais pós-balada, Madame Sex só vai pra cama com seus apetrechos lúdicos (taí uma palavrinha que tem a cara dela, hahaha).

Eu posso me considerar uma garota tímida. Falo de sexo sim, mas apenas com o meu namorado, que afinal de contas é quem vai me dar prazer, então é ele quem tem que saber as minhas preferências, as minhas fantasias.
E mantendo o discurso na intimidade estou muito bem ‘casada’.

Madame Sex continua dando tiro pra todo lado, fantasiando montes, tudo em busca do homem perfeito.
Será que algum dia ela vai encontrá-lo?

Por via das dúvidas, é melhor ela continuar falando muito sobre sexo.
Vai que um dia ela se dá bem e conquista o bofe! Aí é só por em prática todos esses anos de estudo teórico!

Máxima do dia: fale menos e trepe mais!